quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Cinco aforismos de R. Tagore (3)


I.

A vida faz soar através das hastes das ervas
um silencioso hino de louvor
à inominável Luz.


II.

As estrelas da noite são para mim
os sinais das flores mortas do meu dia.


III.

O verdadeiro fim não está no atingir o limite,
mas sim em chegar ao ilimitável.


IV.

O mundo interior cresceu em mim como um fruto,
amadureceu em alegria e mágoa
e cairá para dentro da escuridão do chão original
para mais um ciclo de criação.


V.

Há buscadores de sabedoria e buscadores de riqueza;
eu procuro a Tua presença
para que possa cantar.





Rabindranath Tagore (1861 - 1941)







(Selecção de Pedro Belo Clara a partir das traduções de Joaquim M. Palma in "A Asa e a Luz" (Assírio & Alvim, 2016)).








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